LIVROS

Yo me lo merezco

De la vieja hipocresía a los nuevos cinismos

Taurus, 2024.

Nunca se ha celebrado tanto el propio bienestar y la autoestima, sin culpas ni vergüenzas ni otros atavismos de una vetusta moral burguesa con raíces religiosas que van perdiendo fuerza. Pero, si somos más libres y felices que nunca, ¿por qué sentimos tanta fragilidad y frustración? Si se nos incita al “empoderamiento”, ¿por qué se ha generalizado la impotencia, la ansiedad y la depresión? Paula Sibilia analiza cómo la hipocresía de la modernidad (que premiaba la virtud y castigaba sus faltas, aunque disimulaba con pudor toda suerte de deslices) ha sido reemplazada por un nuevo tipo de cinismo, que se expresa en fenómenos perturbadores como la posverdad, las fake news, los trolls o los haters. ¡Tú puedes!, incita eufórica la época, o Just do it, excita la publicidad, capitalizando al deseo bajo la dinámica del consumismo y del espectáculo.

«Si yo quiero y me lo merezco, ¿por qué no lo logro? Parte de la respuesta a ese tipo de preguntas reside, sin duda, en la escasa neutralidad de las tecnologías digitales con las que nos hemos vuelto compatibles. Sobre todo, en la peculiar temporalidad implícita en el uso creciente de aparatos que operan en red, disponibles en todo momento y lugar, que ofrecen un menú amplísimo de opciones para el consumo online».

«Al multiplicarse tanto las opciones disponibles como las chances de concretarlas, aumenta también la lista de deseos frustrados y, en consecuencia, la deuda que jamás logrará saldarse. Entre otros motivos, porque termina siendo funcional al nuevo régimen: el consumidor es, por definición, alguien insatisfecho; aunque su voracidad sea constantemente excitada, nunca deberá colmarse».

«Bajo esa plétora de estímulos y ante semejante apertura de las posibilidades existenciales, sabemos que siempre habrá algo más interesante o divertido, más útil, placentero o imprescindible para ver, tener, hacer, comentar, compartir, etc. Pero también sabemos que nunca lograremos consumir (ni consumar) todo eso. La frustración está garantizada, así como la ansiedad, el cansancio e inclusive el aburrimiento».

O show do Eu

A intimidade como espetáculo

Ed. Contraponto, 2016.

* reedição definitiva, ampliada e atualizada.

“Na passagem do século XX para o XXI, um conjunto de novos hábitos suscitou muitas perplexidades e polêmicas. Por toda parte, surgiam canais que permitiam tornar públicos os diversos aspectos daquilo que até então se considerava o mais privado de cada um: a intimidade. Assim, em pouquíssimos anos, fomos nos familiarizando com fenômenos hoje tão assentados como os reality-shows e os blogs, bem como as redes sociais, os vídeos e as selfies que inundam a internet. Neste livro, que é reeditado agora em versão atualizada e definitiva, Paula Sibilia elaborou uma instigante reflexão sobre tais novidades da sociedade tecnologizada. Em vez de colocar o foco nos aparelhos que lhes dão vazão, porém, e que costumam deslumbrar com suas sedutoras potencialidades, ela prestou atenção a outro fator envolvido nessas interações: os usuários. Sob essa perspectiva, a análise aqui oferecida sugere que tais práticas não só demandam como também estimulam o desenvolvimento de modos inéditos de ser e estar no mundo. O que está ocorrendo, portanto, seria uma importante transformação histórica, que inclui ingredientes de todo tipo mas aponta, sobretudo, para uma notória mutação das subjetividades.”

O homem pós-orgânico

A alquimia dos corpos e das almas à luz das tecnologias digitais

Ed. Contraponto, 2015.

* reedição definitiva, ampliada e atualizada.

“O capitalismo industrial desenvolveu técnicas para modelar com eficácia corpos úteis e subjetividades dóceis. Agora, com seu desígnio de “digitalização universal”, a teleinformática e a biotecnologia pretendem obter mutações ainda mais radicais: a supressão das distâncias e das doenças, do envelhecimento e inclusive da morte. Para isso, o corpo humano deve se tornar um sistema de processamento de dados e um banco de informações genéticas, já que as novas “ciências da vida” apontam para sua hibridação com materiais inertes e para a reprogramação de suas células. Certa vocação fáustica impulsiona esses processos, tendentes a ultrapassar as antigas limitações biológicas para gerar uma “compatibilidade” tecno-humana que rejeita os enigmas ancestrais de sua espessura carnal. Este livro examina as bases filosóficas da tecnociência com o fim de decifrar suas articulações políticas, sociais e éticas, concluindo que o entrecruzamento de biologia e informática simplifica a complexidade humana para promover os mecanismos de controle engendrados pelo capitalismo contemporâneo, com vistas à sua otimização mercadológica em todos os âmbitos.”

Redes ou paredes

a escola em tempos de dispersão

Ed. Contraponto, 2012.

“Para que serve a escola? Será que essa instituição se tornou obsoleta? Duas perguntas inquietantes, que são o ponto de partida desta reflexão ensaística e extremamente atual. A ênfase recai sobre a maneira como as novas tecnologias de comunicação, sobretudo os aparelhos móveis de acesso às redes informáticas e os estilos de vida que eles implicam, estão afetando o funcionamento dessa instituição-chave da modernidade. O livro analisa os fatores envolvidos na crescente “incompatibilidade” entre os novos modos de ser e estar no mundo, por um lado, e as já antiquadas instalações escolares, por outro lado, com suas próprias regras e seus valores, suas premissas e ambições. Esta análise da “crise da escola” leva em conta um conjunto de vetores socioculturais, econômicos e políticos, com a intenção de identificar os sentidos dessas transformações históricas, oferecendo algumas pistas para que possamos enfrentar uma questão urgente: de que tipo de escola necessitamos, ou como poderíamos substituí-la por algo melhor?”

¿Redes o paredes?

La escuela en tiempos de dispersíon

Ed. Tinta Fresca, 2012.

“¿Para qué sirve la escuela? ¿Esa institución se ha vuelto obsoleta? Dos preguntas inquietantes, que constituyen el punto de partida de esta reflexión ensayística y sumamente actual. El énfasis recae sobre la manera en que las nuevas tecnologías de comunicación, sobre todo los aparatos móviles de acceso a las redes informáticas y los estilos de vida que ellos implican, están afectando el funcionamiento de esa institución clave de la modernidad. El libro analiza los factores involucrados en la creciente “incompatibilidad” entre los nuevos modos de ser y estar en el mundo, por un lado, y las ya anticuadas instalaciones escolares, por otro lado, con sus propias reglas y sus valores, sus premisas y ambiciones. Este análisis de la “crisis de la escuela” toma en cuenta un conjunto de vectores socioculturales, económicos y políticos, con la intención de identificar los sentidos de esas transformaciones históricas, ofreciendo algunas pistas para que podamos enfrentar una cuestión urgente: ¿qué tipo de escuela necesitamos, o cómo deberíamos reemplazarla por algo mejor?”

O show do Eu

A intimidade como espetáculo

Ed. Nova Fronteira, 2008

* Primeira edição.

“Este livro procura compreender os sentidos de um fenômeno que eclodiu em anos recentes: a exposição pública da intimidade de “qualquer um” através de dispositivos como os reality-shows e as webcams, os blogs e as redes sociais da internet. Com seu estatuto ambíguo entre o público e o privado, a ficção e a realidade, a vida e a obra, esses “espetáculos do eu” exibidos nas telas midiáticas abalam as fronteiras que costumavam separar ambos os pólos de todas essas oposições antes dicotômicas. Por isso, as novas modalidades de expressão e comunicação permitem sondar certas mutações na produção da subjetividade: tratar-se-ia de uma transformação radical, que excede a internet para impregnar toda a sociedade contemporânea. Esses fenômenos sinalizam o veloz distanciamento que tem se produzido nos últimos anos com relação às formas tipicamente modernas de ser e estar no mundo, bem como àqueles instrumentos que costumavam ser usados para a construção de si mesmo: desde o diário íntimo e as trocas epistolares até a psicanálise, todos com base na introspecção. Esses métodos de autoconhecimento que hoje parecem antiquados se alicerçavam numa interioridade oculta, misteriosa e estável, cultivada no silêncio e na solidão do âmbito privado: um universo atualmente em crise.”

La intimidad como espectáculo

Ed. Fondo de Cultura Económica, 2008.

“Este libro busca comprender los sentidos de un fenómeno que hizo eclosión en años recientes: la exposición pública de la intimidad de “cualquiera” a través de dispositivos como los reality-shows y las webcams, los blogs y las redes sociales de internet. Con su estatuto ambiguo entre lo público y lo privado, la ficción y la realidad, la vida y la obra, estos “espectáculos del yo” exhibidos en las pantallas mediáticas agrietan las fronteras que solían separar ambos polos de todas esas oposiciones antes dicotómicas. Por eso, los nuevos modos de expresión y comunicación permiten indagar ciertas mutaciones en la producción de la subjetividad: se trataría de una transformación radical, que excede a internet para impregnar a toda la sociedad contemporánea. Esos fenómenos revelan el veloz distanciamiento que se ha producido en los últimos años con respecto a las formas típicamente modernas de ser y estar en el mundo, así como a aquellos instrumentos que solían usarse para la construcción de sí mismo: desde el diario íntimo y los diálogos epistolares hasta el psicoanálisis, todos con base en la introspección. Esos métodos de autoconocimiento que hoy resultan anticuados se apoyaban en una interioridad oculta, misteriosa y estable, cultivada en el silencio y la soledad del ámbito privado: un universo actualmente en crisis.”

El hombre postorgánico

cuerpo, subjetividad y tecnologias digitales

Ed. Fondo de Cultura Económica, 2005.

“El capitalismo industrial desarrolló técnicas para modelar con eficacia cuerpos útiles y subjetividades dóciles. Ahora, con su designio de “digitalización universal”, la teleinformática y la biotecnología pretenden lograr mutaciones aun más radicales: la supresión de las distancias y de las enfermedades, del envejecimiento e incluso de la muerte. Para eso, el cuerpo humano debe tornarse un sistema de procesamiento de datos y un banco de información genética, ya que las nuevas “ciencias de la vida” apuntan a su hibridación con materiales inertes y a la reprogramación de sus células. Cierta vocación fáustica impulsa esos procesos, tendientes a superar las antiguas limitaciones biológicas para generar una “compatibilidad” tecno-humana que rechaza los enigmas ancestrales de su espesor carnal. Este libro examina las bases filosóficas de la tecnociencia con el fin de descifrar sus articulaciones políticas, sociales y éticas, concluyendo que el entrecruzamiento de biología e informática simplifica la complejidad humana para promover los mecanismos de control engendrados por el capitalismo contemporáneo.”

O homem pós-orgânico

Corpo, subjetividade e tecnologias digitais

Ed. Relume Dumará, 2002.

* Primeira edição.

“O capitalismo industrial desenvolveu técnicas para modelar com eficácia corpos úteis e subjetividades dóceis. Agora, com seu desígnio de “digitalização universal”, a teleinformática e a biotecnologia pretendem obter mutações ainda mais radicais: a supressão das distâncias e das doenças, do envelhecimento e inclusive da morte. Para isso, o corpo humano deve se tornar um sistema de processamento de dados e um banco de informações genéticas, já que as novas “ciências da vida” apontam para sua hibridação com materiais inertes e para a reprogramação de suas células. Certa vocação fáustica impulsiona esses processos, tendentes a ultrapassar as antigas limitações biológicas para gerar uma “compatibilidade” tecno-humana que rejeita os enigmas ancestrais de sua espessura carnal. Este livro examina as bases filosóficas da tecnociência com o fim de decifrar suas articulações políticas, sociais e éticas, concluindo que o entrecruzamento de biologia e informática simplifica a complexidade humana para promover os mecanismos de controle engendrados pelo capitalismo contemporâneo.”

O homem pós-orgânico

Corpo, subjetividade e tecnologias digitais

Ed. Relume Dumará, 2002.

* Primeira edição.

“O capitalismo industrial desenvolveu técnicas para modelar com eficácia corpos úteis e subjetividades dóceis. Agora, com seu desígnio de “digitalização universal”, a teleinformática e a biotecnologia pretendem obter mutações ainda mais radicais: a supressão das distâncias e das doenças, do envelhecimento e inclusive da morte. Para isso, o corpo humano deve se tornar um sistema de processamento de dados e um banco de informações genéticas, já que as novas “ciências da vida” apontam para sua hibridação com materiais inertes e para a reprogramação de suas células. Certa vocação fáustica impulsiona esses processos, tendentes a ultrapassar as antigas limitações biológicas para gerar uma “compatibilidade” tecno-humana que rejeita os enigmas ancestrais de sua espessura carnal. Este livro examina as bases filosóficas da tecnociência com o fim de decifrar suas articulações políticas, sociais e éticas, concluindo que o entrecruzamento de biologia e informática simplifica a complexidade humana para promover os mecanismos de controle engendrados pelo capitalismo contemporâneo.”